
Chikungunya é uma arbovirose causada pelo vírus chikungunya (CHIKV) e transmitida pela picada de fêmeas infectadas de mosquitos do gênero Aedes, como o Aedes aegypti e o Aedes albopictus. Trata-se de uma doença viral que pode acometer pessoas de todas as idades.
Sintomas
Febre
Dores intensas nas articulações
Edema nas articulações
Dor nas costas
Dores musculares
Manchas vermelhas na pele
Coceira
Dor de cabeça
Dor atrás dos olhos
Conjuntivite não-purulenta
Náuseas e vômitos
Dor de garganta
Calafrios
Diarreia e/ou dor abdominal
Destaca-se que a doença pode evoluir em três fases
- Febril ou aguda, que dura de 5 a 14 dias
- Pós-aguda, que dura até 3 meses
- Crônica, que dura mais de 3 meses
Diagnóstico
O diagnóstico da chikungunya envolve componentes clínicos e laboratoriais e deve ser realizado por um médico. Todos os exames laboratoriais necessários para o acompanhamento do quadro clínico, bem como os testes diagnósticos (sorológicos e moleculares), estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Um caso suspeito é considerado confirmado quando há comprovação por critério laboratorial ou clínico-epidemiológico. A confirmação laboratorial ocorre mediante resultado positivo em exames como isolamento viral, detecção de RNA viral por RT-PCR (realizada em amostras coletadas até o 8º dia após o início dos sintomas) ou detecção de anticorpos IgM em uma única amostra de soro durante a fase aguda (a partir do 6º dia de sintomas) ou convalescente (15 dias após o início dos sintomas). Também é válida a demonstração de soroconversão entre amostras da fase aguda (primeira amostra) e convalescente (segunda amostra), ou a detecção de anticorpos IgG em pacientes com sintomas crônicos e quadro clínico sugestivo. Já a confirmação por critério clínico-epidemiológico ocorre quando o caso suspeito atende à definição clínica e apresenta vínculo familiar ou epidemiológico (espaço-temporal) com outro caso previamente confirmado por critério laboratorial.
Tratamento
O tratamento da chikungunya é sintomático, uma vez que ainda não há um antiviral específico para combater a doença. A abordagem terapêutica baseia-se na administração de analgésicos e no suporte clínico adequado. É fundamental incentivar a hidratação oral dos pacientes e realizar a escolha dos medicamentos com base na avaliação detalhada do quadro clínico, utilizando escalas de dor apropriadas para cada faixa etária e estágio da doença. Nos casos em que houver comprometimento musculoesquelético significativo, a fisioterapia pode ser indicada, sempre sob avaliação e orientação médica personalizada para cada situação.