
A Febre do Oropouche é uma doença infecciosa causada pelo vírus do Oropouche, do gênero Orthobunyavirus. O vírus Oropouche foi isolado no Brasil pela primeira vez na década de 1960, predominantemente na região Amazônica. Recentemente, tem sido encontrado com mais frequência em diversos estados, devido a maior disponibilidade de exames diagnósticos. Embora muitas vezes confundido com a dengue devido à similaridade dos sintomas, seu vetor principal é o mosquito Culicoides paraenses, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que se prolifera em águas estagnadas e pode ser encontrado tanto em áreas silvestres quanto urbanas.
Sintomas
febre, geralmente com temperatura entre 38 e 39,5 °C;
dor de cabeça;
dores musculares e nas articulações;
erupções cutâneas que são alterações na aparência da pele como vermelhidão e inchaço;
tontura e calafrios;
sensibilidade à luz (fotofobia) que pode provocar desconforto ou dor nos olhos;
náuseas e vômitos;
diarreia.
Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. No entanto, a doença pode progredir para formas graves que estão associadas ao extravasamento grave de plasma, hemorragias severas ou comprometimento de grave de órgãos, que podem evoluir para o óbito do indivíduo.
Diagnóstico
O diagnóstico da Febre do Oropouche é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais. Conforme a fase da doença, os seguintes exames laboratoriais são indicados:
fase aguda, que dura de dois a sete dias após o começo dos sintomas: RT-PCR
a partir do quinto dia, após o início dos sintomas: testes sorológicos
Tratamento
Não existe um tratamento específico para a Febre do Oropouche. O manejo da doença se concentra principalmente no alívio dos sintomas. Isso pode incluir a administração de analgésicos para dor e febre, além de hidratação (em média dois litros por dia para indivíduo adulto) e repouso. O acompanhamento com o(a) médico(a) clínico geral ou infectologista é essencial para monitorar a evolução dos sintomas.